9 de agosto de 2007

"Não sou o único" II

Estou praticamente no fim deste livro.
É esquisito entrar pela intimidade de alguém que não conhecemos e que nos habituamos a ver em cima de um palco.
É engraçado a forma como nos envolvemos na vida de uma família, igual a tantas outras, mas com a qual não temos qualquer tipo de contacto, só porque um dos membros é alguém importante no nosso panorama musical..
É impensável não nos emocionarmos com as palavras que vamos absorvendo, com os testemunhos que vamos lendo, com os acontecimentos que nos são apresentados, com os sentimentos que nos são descritos.

Gosto de Xutos desde que me conheço.
Seja através da influência dos meus pais (sim, porque eles assistiram ao mítico concerto de 13 de Janeiro de 1979, nos Alunos de Apolo), ou pelos dias (e noites) passados em Torres Novas, com os "Agostinhos" (banda de garagem que, em dada altura, me adoptou como mascote e que corria, numa Ford Transit azul, todas as terriolas da zona, a cantar covers dos Xutos e com os quais eu aprendi a maioria das letras, enquanto montavamos palcos e luzes ou durante os ensaios), certo é que as músicas dos Xutos fazem parte da minha vida desde sempre.
E o Zé Pedro é uma figura emblemática, principalmente para a minha geração (os trintões), não só dos Xutos, mas da música portuguesa e da divulgação da música em Portugal.

Ao ler o livro, fico apenas com uma mágoa: nunca ter entrado no Jonnhy Guitar. Não sei porquê, pois sempre que saia à noite ia para o Subsolo que era mesmo ao lado. Acho que por ter uma série de amigos betinhos que achavam o Johnny Guitar demasiado alternativo para a altura...

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