Vagueei na tua companhia, horas a fio. Foste o meu ponto de equilíbrio ao longo de quilómetros percorridos de forma errática.
Limpaste as minhas lágrimas, forçaste o meu sorriso. Animaste-me em determinadas alturas e deprimiste-me noutras. Deste-me alento e foste o meu porto de abrigo.
Mas, como era previsível, a dada altura substitui-te. Já o esperavas e não te chateaste. Nunca me voltarias as costas, sabias que eu voltaria quando precisasse de ti.
Esta semana, precisei. Senti a tua falta e procurei-te. Estavas disponível e à minha espera. Como sempre. Ouvi-te como se fosse a primeira vez, com a mesma vontade. Senti-te com a mesma intensidade de antes. Sentia o chão a fugir-me e tu ajudaste-me, uma vez mais.
Existem músicas assim, que marcam profundamente. Que libertam, que ajudam, que tranquilizam. Tens esse efeito em mim, sempre que te ouço. Salvas-me, quando preciso ser salva. Assim, só por existires, só por alguém te ter composto e sem explicação.
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