Trabalho I

Conversava com uma amiga que, ideologicamente, deveríamos trabalhar para viver e não, viver para trabalhar. Obviamente que, na prática, torna-se complicado aplicar este pensamento. E, ao contrário do que se possa pensar, quanto mais subimos na hierarquia profissional, independentemente de titulos, mais a nossa vida pessoal fica relegada para segundo plano. Então, fazendo as contas, assim por alto, levanto-me todos os dias por volta das 7h30m, para estar no trabalho às 9h (nunca chego antes das 9h30m, como tal deveria levantar-me meia hora mais cedo, mas isso já é pedir demais). A horita de almoço chega para pouco, com o tempo que se perdem nos restaurantes àquela hora, ou almoço ou vou tratar de alguma coisa, agora, fazer as duas coisas é practicamente impossivel. Nunca chego a casa antes das 20h, se tivermos em conta as horas de sono (sim, porque aqui o organismo da menina, só funciona com oito horas de sono diárias) e o *blllergggh* trabalho obrigatório de pseudo dona de casa, restam cerca de duas horas diárias para actividades lúdicas, de natureza diversa. Isto, partindo do pressuposto que, não haja cansaço que me vença... A recuperação necessária, dá-se ao fim de semana, que passa a correr, e obviamente, não nos permite fazer tudo aquilo que ficou por fazer durante a semana... Portanto, quem me voltar a dizer, utópicamente, que o trabalho é um meio para vivermos a vida da forma que queremos, eu logo lhe conto uma história...